O que está acontecendo com os professores resume-se numa só palavra: estupro. Literalmente estamos sendo 'VIOLADOS' e 'MAL PAGOS'.
Após assistir ao vídeo original sem edições, veja como foi noticiada a informação pela Globo na reportagem recortada e que não mostra os policiais agindo com truculência e força desnecessária para deter um professor 'magrelo'.
Observação: O policial negando que houve violência por parte da polícia para com o professor chega a ser hilário, não fosse trágico.
O professor André Nogueira de Ávila é natural de Juiz de Fora, Minas Gerais. Tem 27 anos (nasceu em 26/01/1984), leciona no Ensino Médio e tem nível superior completo. Segundo minhas fontes, ele é filho de Ademar (não informado o nome completo), conhecido dono de bancas de Jogo do Bicho na cidade de Lima Duarte, Minas Gerais.
Candidato derrotado na eleição de 2010, concorreu ao cargo de deputado estadual pelo PSTU (Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado) com o número 16162. Aliás, sobre o PSTU pode-se ler uma postagem bastante interessante aqui e saber um pouco o que o partido tem feito pelos trabalhadores, segundo o PCO. Também o PCdoB tem algumas opiniões sobre o PSTU - leia aqui.
Atualmente é diretor da subsede de Juiz de Fora do Sind-UTE (Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação).
Como se autoqualifica, ele tem ideologia 51% de esquerda, 51% radical, 51% liberal, que você confere aqui.
A versão do professor:
Em contrapartida, André Nogueira de Ávila, educador, diretor da subsede de Juiz de Fora do Sind-UTE (Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação), diz que o movimento com cerca de 400 estudantes foi furado por um policial em uma motocicleta.
“Os estudantes paralisaram o trânsito por cinco minutos. De repente, um guarda de trânsito que pilotava uma motocicleta, foi para cima deles. Eu entrei na frente da moto para defender os alunos, foi aí que os militares me puxaram e tentaram me tirar do local”; “Eles torceram o meu braço na frente dos estudantes"; "Foram truculentos”; disse o professor André Nogueira de Ávila. Informou ainda que a ação policial o teria deixado com hematomas pelo corpo.
A versão do Sind-UTE:
Na versão do Sind-UTE , "o professor defendia alunos que faziam uma cerca humana para paralisar o trânsito no cruzamento da rua Halfeld com a Rio Branco".
Em nota divulgada no site da categoria, os professores afirmaram: “o professor André foi jogado no chão, algemado e levado de camburão para a delegacia.
Diante de tamanha agressão os alunos se revoltaram contra a polícia, sentaram no meio da avenida, puxaram palavras de ordem contra a repressão e não se intimidaram continuando a manifestação por mais de uma hora.”
A versão da polícia:
Segundo as informações da assessoria da PM, "os manifestantes organizaram uma passeata pelo Centro da cidade e, em determinado momento fecharam as três vias gerando um caos no trânsito".
André teria sido advertido três vezes, não acatou a ordem da PM e ainda teria instigado os manifestantes contra os policiais. De acordo com a assessoria, Ávila, foi preso por desacato a autoridade e desobediência.
Segundo o major Renato Preste, subcomandante do 2º Batalhão de Juiz de Fora, o professor teria se desentendido com um motociclista, que não era da polícia, e acabou detido por desobediência.
Os militares teriam imobilizado e algemado o professor. “Estávamos presentes no local para dar segurança para a comunidade, transeuntes e os próprios manifestantes. Tivemos que intervir devido ao desentendimento”, explica o major.
O que dizem os sites de notícia:
Os manifestantes haviam saído do Instituto Estadual de Educação (IEE) na manhã de terça-feira (30/08) em direção à Câmara Municipal da cidade. Em um cruzamento no Centro de Juiz de Fora, os manifestantes impediram o fluxo dos veículos, que foi furado por um motociclista.
O professor foi levado para a delegacia e passou por exames de corpo de delito, ação padrão da polícia a fim de evitar acusações futuras, como violência desnecessária, por exemplo.
Minha opinião:
A julgar pelos acontecimentos e pela repercussão na imprensa e blogs, talvez esteja nascendo aí mais um "mártir" (?) na luta pela justiça e direitos dos estudantes e professores.
Ou, a meu ver, uma nova candidatura a deputado estadual esteja nascendo, eivada de segundas intenções.
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